Quando o sol se põe nos bretes de cimento
desta cidade grande onde resido agora,
fico relembrando os mais lindos tempos,
velhos recuerdos que não vão embora.
Minha Aratinga, onde deixei a infância,
Serra do Pinto, montes e cascatas,
ruas descalças, alma de criança
correndo livre entre campo e mata.
Cresci, andei, sei que não tem mais
as serenatas e as carreiradas
e nem o rancho dos queridos pais.
Minha retina envelheceu sem ver
a vida boa que eu tanto sonhava
e só ali é que pude ter.